Confesso. Sou uma pessoa sensível. Sou daquelas que chora a ver um filme lamechas, que fica cabisbaixa quando se cruza com um velho que se vê a léguas que precisa de ajuda, que fica com o coração destroçado quando sabe que há mais uns pais que ficaram sem o filho. Confesso que sim.
Mas, não sou de me impressionar com qualquer coisa. Não é qualquer fotografia que me deixa em alerta.
Mas, hoje deixou.
Tive o azar de entrar no Facebook à hora errada. Não queria ter visto aquela imagem que uma amiga partilhou. Fiquei transtornada, com um aperto no coração indescritível e um nó na garganta que ainda não passou. Foi de manhã.
Não vou partilhar aquela monstruosidade, nem tenho vontade de a descrever. Uma pessoa que faz aquilo a um bebé não merece o ar que respira, não merece viver. Um ser que aperta o pescoço a um bebé, com apenas uns dias, até este ficar roxo para que outro ser a fotografe não merecem a vida.
Não consigo tirar aquela imagem da minha cabeça. Tive vontade de largar tudo e ir a correr ter com o meu filho. Passei o dia ansiosa, a tentar disfarçar o meu mau estar. Queria abraça-lo e dizer-lhe que não vou deixar que nada de mal lhe aconteça. Que vou protegê-lo sempre, que vou amá-lo sempre.
Hoje, desejei que aquelas pessoas sofressem o maior dos castigos. Não li o que era, não quero tão pouco ler, fixei a imagem durante 2 segundos e fiquei paralisada de medo, de angústia. Tive vontade de nunca mais entrar no Facebook e de gritar: Há imagens que eu NÃO quero ver! Ninguém quer ver. E divulgá-las, não me venham com tretas, NÃO VAI AJUDAR.
Dificilmente vou tirar esta imagem da minha cabeça e vê-la não me fez ajudar aquele pobre bebé... Desculpem o egoísmo, mas há imagens que eu NÃO quero ver!
A Tertúlia dos Encantos também está AQUI
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