domingo, 15 de novembro de 2009

Baú de memórias

Há algumas noites que os meus sonhos (e nesta matéria sou muito fértil, por vezes demais) têm sido preenchidos com um momento muito especial de infância. Já foi há alguns anos (cerca de 18 ou 19 anos) mas recordo-me deste instante especial com muita nitidez: estamos os dois, eu e o mano, a ler um texto do livro de Língua Portuguesa, dos primeiros anos da primária. É um texto especial de um burro que sobe a montanha, e que ao subir faz toc toc toc. Esta parte do "toc, toc, toc" fazia o mano soltar uma gargalhada tão pura e genuína que é inesquecível (estou a ouvi-la neste preciso momento, mesmo juntinho ao meu ouvido). Esta recordação fez-me ir ao baú das memórias, que vive no sotão dos meus pais, numa busca desenfreada por encontrar este livro. Mas não encontrei... tenho que filtrar melhor a procura, porque a recordação voltou hoje, novamente, ao meu sonho como que a alertar que a busca tem que ser retomada.
Os anos foram passando mas, sempre que se lembrava, o mano, lá fazia o "toc, toc, toc" e riamo-nos em uníssono... quero tanto encontrar este texto. Será que ainda está nos livros da primária de hoje em dia? Vou devorar as livrarias, ou as suas relíquias, até o encontrar... não me sais da cabeça.

Não encontrei o livro, mas encontrei outras memórias da escola. Aqui fica a fotografia de uma obra feita há muito, muito tempo, mas que continua a ser especial. A professora de trabalhos manuais dizia que a minha ânsia de a terminar era tal que até de pé a fazia, nem perdia tempo a sentar-me!



2 comentários:

  1. Foi com grande entusiasmo que entrei no teu blog...devorei-o num instante...:)amo o titulo e amei este post...fez-me tb a mim lembrar de coisas de infância...e da infância passei para a universidade onde tu apareces na minha vida...e recordei...e tive tanta saudade...lembrei-me tb da nossa tentativa com os origamis, a quantidade de exemplos que tirámos da net...claro que eu desisti quase mesmo antes de tentar,mas tu ainda fizeste alguns...obrigado...pq afinal a sensibilidade é assim, derradeira para a verdade do ser...lembras-te? um beijo eterno em ti...e um outro da Margarida...

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  2. se me lembro minha eterna amiga?lembro-me como se fosse agora, neste mesmo instante.lembro-me dos nossos sorrisos, do nosso genuino crescer, das nossas descobertas! dos teus atrasos,das nossas noites,os nossos dias,os finais de tarde,os nossos trabalhos(daquela reportagem dos professores :), lembras?)...tantas alegrias, tantas...não imaginas como essas saudades,em certos dias, me atacam, que triste fico! obrigada minha linda

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