terça-feira, 4 de junho de 2013

Maternidade descomplicada

Sou assumidamente uma mãe descomplicada. Já o sou desde o inicio da gravidez e quem me conhece sabe bem disso. Estou numa fase em que me irrita a picuinhice de algumas mães e pais e que me faz, algumas vezes (não muitas!) questionar se a minha forma descontraída de ser mãe faz de mim uma má mãe. É que sou descontraída, sou descomplicada, mas longe de roçar a negligência ou o deixa andar. Longe disso...

Sou daquele tipo de mãe que gosta de dar espaço ao filho (filho esse de quase 15 meses!). Não grito por tudo e por nada. Grito quando acho que devo gritar. Sou daquelas mães chatas que beijam os filhos um milhão de vezes, que passa a vida a dizer o quanto ele é lindo (e há quem defenda que não se deve fazer, ah pois não!), que o chama de príncipe e que um dia quer ser tratada de sua princesa! Sou aquelas mães possessas com a higiene, mas q.b.. Não stresso se o meu filho me chega a casa, depois de um dia normalíssimo da semana com a avó, e vem a parecer um menino de uma favela de tão sujo que vem! Não stresso mesmo. Pelo contrário. Fico feliz de saber que o meu filho brinca, toca em tudo, corre e se esbardalha contra o chão. Vou stressar com um arranhão no joelho? Não vou! Se eu tenho a idade que tenho (quaseeeeee trintona) e me esbardalho, ele que anda há 6 meses não se pode mandar a torto e a direito contra o chão porquê? Claro que pode.

Sou daquelas mães possessas com a alimentação dele. Que quer que ele coma sopinha ao almoço e ao jantar, que alterne entre o peixe e a carne. Sou sim. Mas, não stresso se ele chegar à festa de anos da prima e ela vier a correr com uma goma na mão e lha enfiar na boca. Vou stressar com isso porquê? Se devia? Se calhar não devia, mas adianta espernear por uma goma. Para mim não.

O homem cá de casa é igual. Somos iguaizinhos em questões de maternidade e paternidade. Depois levo, muitas vezes, no dia a dia com pais que andam preocupados com tudo e com nada. E que no fim se esquecem do essencial: a maternidade/paternidade não são só preocupações. Tem que haver um relax à mistura, um pouquinho de deixa andar, um vamos ver onde o barco nos vai levar.

Às vezes parece que estou a educar um super herói. Um super herói que começou a andar muito cedo, que muito cedo começou a chutar a bola como os meninos mais velhos fazem, que compreende uma conversa sem ser preciso falar à bebé e que faz muitas mais coisas que os meninos mais velhos que ele começaram a fazer, apenas, agora. É por isso que não passo o dia a dia a falar no meu filho. Porque as pessoas à minha volta vão pensar que estou a educar um super herói. Enganam-se, portanto. Eu estou a educar um menino FELIZ. E, modéstia à parte, estou a sair-me muito bem!

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